quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O Anão do Caralho Grande



Por: Alexandre d' Oliveira
 
     
Olhe, eu amo, e rogo que não me falte estas ao meu lado, a Proibida, e a Devassa Tenho sempre dito quando numa roda de amigos, ou numa mesa de bar, como para mim já virou costume ir a Churrascaria do Junior do Picuí, beber uma geladinha, e passar algum tempo com os amigos. Tanto que dia desses estava ao lado de Jr, outro amigo que falava sobre suas proezas de marinheiro de primeira viajem quando como sem nada querer, aproximou-se Sidney , entrou na conversa , propriamente dita de  Papo de Botequim.
Gente eu gosto de uma boa prosa e quando acompanhado com o verso não tem pra mim coisa melhor para que haja compreensão, mesmo que o diálogo tenha olhos puxados, orelhas de burro, e a esperteza de um anão. Este como todo bom vivente sentou-se a minha frente na mesa e começou a tagarelar. E eu fiquei atento ao que o mesmo dizia. O cabra sabia me levar na conversa. E nisto conversa vai, e conversa vem, ele comia que nem jumenta e sorvia a loira, como que esta descesse redondo, numa só disparada. E disse a queima roupa com todas as letras do alfabeto:

- Mestre, meu sonho é ser dirigido pelo senhor !

E isto há quase todo instante,  eu , já sem jeito, encabulado de frente a todos, respondi:

Meu amigo eu jamais dirigi alguma peça de teatro. Eu nunca coloquei em palco uma peça de teatro de minha autoria.

E eu simplesmente caia na conversa dele. Mesmo assim tudo era prazeroso estar com aquela pessoinha ao meu lado. E dizia ainda mais.

_Não tenha dúvida que com certeza, mesmo que escreva um monólogo, eu escreverei para você com toda satisfação e prazer.

     E nisto meus amigos, a conversa fluía, e né que o danadinho arriava sempre mais uma, passava um tempo, eu já com vontade de fazer xixi de novo, e o amigo não arredava o pé, bebia e comia tudo que o garçom colocasse a frente dele. Meus amigos, minhas amigas, essa conversa com Sidney foi tão proveitosa que eu terminei pensando no que fazer, e então eu disse a este:

 _ Sidney, para compensar esta nossa prosa, eu irei dirigir você, naquele texto de Plinio Marcos.

Ele tão logo tomou mais um copo sem pausar e perguntou, e eu sem duvida respondi.

_ O Anão do Caralho Grande, Sid, seu grandíssimo FDP!... Você não levanta para ir ao banheiro?...

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