Por: Alexandre d' Oliveira
Já comentei que meu
primeiro trabalho literário foi algo que escrevi como eu interpretasse estar no
palco de Teatro, aqui mesmo em Cabedelo, na Paraíba. Eu acredito que pela influência
daquele que por muito tempo nos dirigiu apesar de tantas dificuldades termos
passado. Tanto que para você ter ideia íamos de porta em porta pedindo a
contribuição do pessoal na cidade, esses ajudando no que pudesse, e
ajudasse-nos de certa forma a ter uma casa de espetáculos.
Porque um dos motivos era que
estávamos ocupando uma das salas do colégio Imaculada da Conceição, um colégio
que dantes fora idealizado , segundo informações pelo Padre Alfredo, e me
desculpe se estiver errado. Mas é o que acontecia era que estávamos dentre fogo
cruzado, por estarmos ocupando aquele espaço já há algum tempo. E seus
dirigentes tinham seus motivos de já não aceitar. Não me perguntem por quê.
E nisso, eu, e demais companheiros
saiamos pelas ruas nesta empreitada. Pois queríamos o nosso palco, a nossa casa
de espetáculos. Pois já tínhamos montado algumas peças, como a peça Cemitério
das Juremas, Casamento de Branco, e tantas outras de autoria de Altimar
Pimentel. E como já dissera, voltando ao meu texto, ele era uma narrativa muito
interessante pelo fato de mostrar a juventude da época. Muito louca. Aquela que
parecia estar perdida no espaço. Algo que de repente passava do cômico para o trágico
sem tanto diferenciar da juventude de hoje.
Nesta brincadeira levamos um bom tempo
para inauguramos a nossa casa, e assim
segundo Fábio Felix, e Marquinhos Alcântara foi com a peça Nossos
Melhores Momentos, uma mescla de todos trabalhos que faziam parte do TECA.
Enfim, depois comentarei sobre alguns dos nossos enredos, sobretudo do melhor
grupo que já participei. A todos que fizeram histórias eu agradeço por falar de
vocês neste momento.
Hoje de certa forma afastado do teatro,
escrevo meus textos como se eu interpretasse meu próprio, eu. Tantas vezes ignorado por aqueles que por mim passaram,
e assim tiveram a mesma dor de perder um pouco do muito que tínhamos em cada
ausente.
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